Cláudio Angelo da Folha escreveu que uma medida provisória determinará a redução ("desafetação") do Parque Nacional da Amazônia e das Florestas Nacionais de Itaituba 1 e 2, após um pedido da ELETRONORTE. Serão alagados pelos reservatórios das usinas de São Luiz e Jatobá, no rio Tapajós, Pará.
Disse que numa determinação sem estudo prévio, a decisão foi comunicada aos chefes das áreas protegidas, com instrução de não conversar com a imprensa. Outras cinco áreas protegidas estriam na mira do governo federal para dar lugar a mais três usinas do chamado Complexo Tapajós. Técnicos temem que a implantação da usina de São Luiz provoque extinções locais e o ICMBio, procurado pela reportagem, não comentou a proposta.
A notícia não transparece a seriedade e gravidade da situação relatada. Ecossistemas naturais dando lugar a áreas para produção de energia não é de hoje nem é só aqui. Questionar a legalidade da medida, a hierarquia do diploma legal, a magnitude do efeito, ou mesmo a extensão dos impactos parece secundário.
O mérito da questão é: AINDA há espaços economicamente imprescindíveis na globalização do capital internacional (para quê se quer mais energia?), e que não estão sendo "usados" para o progresso e desenvolvimento. O precedente está sendo preparado.
Ecossistemas naturais, áreas de vegetação nativa, formações primárias, populações e espécies em extinção? Qui o quê! Ordem e Progresso. Mesmo que isto seja insustentável para a região e gere o subdesenvolvimento local. Até a hora em que se avalie ser mais vantajoso manter a área como reserva do patrimônio mundial e se proceda a uma intervenção internacional.
E os guardiões da soberania e do patrimônio nacional não parecem estar no Parlamento.
Lago de Balbina (Mauricio Simonetti) |
Durante a instalação da Itaipu, foi necessária a desapropriação de 42.444 pessoas onde 38.440 eram trabalhadores e trabalhadoras do campo, o que gerou inúmeros problemas sociais. Penso que o governo não quer mais passar por isso.
ResponderExcluirAmarildo Antonio Maraskim - Um dos 42.444